PF prende hackers suspeitos de participação no vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros
- SUN CONSULTECH
- 30 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Vazamento de informações foi o maior já registrado no país. Um hacker foi encontrado em Uberlândia (MG), e o outro, em Petrolina (PE).

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (19) dois hackers suspeitos de participação no maior vazamento de dados do Brasil.
Um deles foi encontrado em Uberlândia (MG), e o outro, em Petrolina (PE). De acordo com a investigação, Marcos Roberto Correia da Silva, de 24 anos, preso em Uberlândia, é conhecido como "Vandathegod" e é responsável pela divulgação de informações de 223 milhões de brasileiros (incluindo dados de falecidos). O segundo hacker, Yuri Batista Novaes, conhecido como "JustBR", foi preso em flagrante em Petrolina (PE) por posse ilegal de arma e, na casa dele, a Polícia Federal apreendeu 4 terabytes de dados, que agora serão periciados. De acordo com a investigação, Novaes teve participação na obtenção e divulgação de informações de 223 milhões de brasileiros.
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Usava tornozeleira Silva já tinha sido alvo de outras investigações policiais. Ele chegou a ser preso em novembro de 2019, na Operação Defaced, por suspeita de ter invadido os sites da Polícia Civil de Minas Gerais, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Tribunal de Justiça de Goiás e do Exército Brasileiro. Ele também foi denunciado por invasão a sistemas do Senado Federal, que ocorreu em agosto do ano passado, e é investigado pela invasão que expôs informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros do TSE antes do 1º turno das eleições municipais de 2020. Segundo a família, ele estava em prisão domiciliar e usava tornozeleira eletrônica. Relembre o caso A operação da Polícia Federal sobre o megavazamento, batizada de Deepwater, cumpre os seguintes mandados judiciais:
Petrolina (PE): 4 mandados de busca e apreensão
Uberlândia (MG): 1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva
As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PF. Em 28 de janeiro, a polícia recebeu pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para abrir a inquérito sobre o caso. A investigação é realizada pela Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal.
A suspeita é que autoridades públicas estejam entre os alvos dos criminosos.
No início deste ano, os investigadores identificaram que, no início deste ano, dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas foram disponibilizados em um fórum na internet. A página é especializada em troca de informações sobre atividades cibernéticas.
Nesse site, eram apresentadas informações de pessoas físicas e jurídicas, como CPF e CNPJ, nome completo e endereço.
De acordo com a PF, a divulgação de parte dos dados sigilosos foi feita gratuitamente por um usuário do fórum que, ao mesmo tempo, expôs a venda o restante das informações sigilosas — elas poderiam ser adquiridas com criptomoedas.
Após diligências, a Polícia Federal identificou o hacker suspeito de obter, divulgar e comercializar os dados, assim como outro hacker que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais.
Nesta sexta, os policiais apreenderam equipamentos eletrônicos, como dispositivos de armazenamento e um computador (veja foto abaixo).

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